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quinta-feira, 2 de junho de 2011

MARTIN LUTHER KING: PASTOR E ATIVISTA POLÍTICO NORTE-AMERICANO

Por Cassandra Pontes


Martin Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929 na cidade de Atlanta (estado da Geórgia). Formou-se em sociologia em 1948 na Morehouse College, formando-se ainda em 1951 no Seminário Teológico Crozer. Tornou-se pastor da Igreja Batista da cidade de Montgomery (estado da Virgínia). Em 1953 casou-se com Coretta Scott King com quem teve quatro filhos e, dois anos depois, tornou-se Phd em Teologia Sistemática pela Universidade de Boston.

Após organizar o famoso boicote ao transporte público em Montgomery (Alabama), em 1955, foi escolhido líder do movimento a favor dos direitos civis das minorias. King lutou por um tratamento igualitário, contribuindo também para a melhoria da situação da comunidade negra. Realizava protestos pacíficos e discursos energéticos sobre a necessidade do fim da desigualdade social.

A Suprema Corte Americana decidiu encerrar o boicote, tornando ilegal a segregação em transporte público. Após essa decisão, Luther King organizou marchas a fim de conseguir o direito ao voto, o fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos. Mais tarde, a maior parte destes direitos foi agregada à legislação americana com a aprovação da Lei de Direitos Civis (1964) e a Lei de Direitos Eleitorais (1965).

Luther foi a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1964. O Prêmio lhe foi entregue em reconhecimento à sua liderança na resistência não-violenta e pelo fim do preconceito racial nos Estados Unidos .

Martin Luther King era odiado por muitos segregacionistas do sul dos EUA, o que causou o seu assassinato no dia 4 de abril de 1968, momentos antes de uma marcha, num hotel da cidade de Memphis (Tennessee). Seu assassino, James Earl Ray, confessou o crime e anos depois repudiou sua confissão, mas foi condenado e morreu na prisão em 1998.

"Através da violência você pode matar um assassino, mas não pode matar o assassinato. Através da violência você pode matar um mentiroso, mas não pode estabelecer a verdade. Através da violência você pode matar uma pessoa odienta, mas não pode matar o ódio. A escuridão não pode extingüir a escuridão. Só a luz pode."  (Martin Luther King)



    

MUSEU DIVULGA FOTOS DO ACUSADO DE ASSASSINAR LUTHER KING

Por Cassandra Pontes


Ao completar 43 anos da morte do grande defensor dos direitos humanos civis dos negros, no dia 04 de abril de 2011, o Museu Online, criado por Tom Leatherwood, funcionário estadounidense, tornou disponíveis para consulta os documentos judiciais do assassinato de Martin Luther King.
Dentre os documentos, há gravações do testemunho do suposto assassino James Earl Ray, correspondência pessoal e numerosas fotografias em preto e branco do acusado.
King, o maior defensor dos direitos civis dos negros, foi assassinado a tiros na varanda de seu quarto no Motel Lorraine, no dia 04 de abril de 1968, enquanto realizava visita a Memphis (Tennessee – EUA), tendo como objetivo discutir uma greve de trabalhadores negros em defesa de melhores salários e condições trabalhistas. O ativista foi morto por um disparo de rifle que o atingiu na mandíbula e espinha.  
Tom Leatherwood, criador do Museu, falou que a demora em tornar acessível toda história, foi devido à necessidade de permissão da promotoria para publicar os arquivos que detalham os esforços dos advogados de Ray. O acusado admitiu a culpa pelo assassinato e morreu na prisão em 1998.


 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

JESSIER QUIRINO – ARQUITETO, POETA E MATUTO

Por Cassandra Pontes


O paraibano Jessier Quirino, nasceu em 1954 na cidade de Campina Grande, Paraíba, sendo filho adotivo de Itabaiana, também na Paraíba, onde reside desde 1983. Quirino tem quatro irmãos e é filho de Antônio Quirino de Melo e Maria Pompéia de Araújo Melo. Formou-se em arquitetura, mas tornou-se poeta devido sua grande vocação, considerando-se matuto por convicção.  

Concluiu o ginásio no Instituto Domingos Sávio e Colégio Pio XI, Campina Grande. Em seguida, fez o curso científico em Recife no Esuda e, posteriormente, ingressou na Faculdade de Arquitetura na UFPB – João Pessoa, tornando-se graduado em 1982. Quirino atua na arquitetura e tem algumas obras espalhadas pelo Nordeste, apesar de sua agenda artística literária sempre tão requisitada.

Jessier é autodidata como instrumentista (violão) e já fez cursos de desenho arquitetônico e artístico. Em se tratando de literatura, não fez nenhum curso e trabalha a rima, a métrica e a prosa, como um simples domador de palavras. Sempre interessado na causa poética nordestina, persegue histórias sertanejas e fatos com olhos e faro rastejador. O poeta é autor de alguns livros como: “Bandeira Nordestina” (poesia e acompanha um pires de CD), “A Folha de Boldo Notícias de Cachaceiros”, “O Chapéu Mau e o Lobinho Vermelho” (infantil), ”Paisagem do Interior” (poesia), “Agruras da Lata D’água” (poesia) e os CD’s: “Paisagem de Interior 1 e Paisagem de Interior 2”, além outros escritos.        

Quirino tem chamado a atenção do público e da crítica, principalmente pela presença de palco e por sua memória extraordinária e grande quantidade de histórias, que vão desde a poesia matuta, impregnada de humor, neologismos, sarcasmo, amor e ódio, até cantorias músicas, piadas, causos, côcos e textos de nordestinidade apurada. Com isto, Jessier vem preenchendo uma lacuna deixada pelos grandes menestréis do pensamento popular nordestino.
Ao contrário dos repentistas que se apresentam em duplas, Jessier mostra-se sozinho feito boi de arado, prendendo a atenção do distinto público. O poeta é dono do seu próprio estilo e pode ser considerado um "domador de palavras”. Os espetáculos têm um fundo musical e o poeta apresenta-se sempre acompanhado de bons músicos, entre os quais, dois filhos: André Correia (violino) e Matheus Quirino (percussão), contando também com mais dois músicos nos espetáculos mais elaborados: China (percussão) e Letinho (violão)  
Jessier Quirino, apesar de muitos considerá-lo humorista, prefere a denominação de poeta. Em suas apresentações, procura mostrar o bom humor e a esperteza do matuto sertanejo sem fugir do lirismo literário e poético. O poeta faz uma espécie de etnografia poética dos valores, utensílios, hábitos e linguagem do sertão nordestino e do agreste.
Segundo o poeta e ensaísta Alberto da Cunha Melo, sua obra, além do valor estético cada dia mais comprovado, vai futuramente servir como documento e testemunho de um mundo já então engolido pela voragem tecnológica.